“No muito falar não falta transgressão, mas o que modera os lábios é prudente.” (Pv. 10.19)
Há quem diga que o muito falar é peculiar às mulheres, que nós temos uma necessidade incontida de falarmos, de colocarmos nossas opiniões e de enfatizá-las, de argumentarmos com veemência...algumas se defendem dizendo que falamos cerca de dez mil palavras diariamente e os homens apenas cinco mil, porque eles não nos ouvem na primeira vez, por isso, repetimos! Brincadeiras à parte e exageros também! O incontestável é que a Palavra de Deus nos diz que no muito falar não falta transgressão, pois, as palavras são como penas ao vento...uma vez ditas não há como desdizê-las! Elas podem machucar, penetrar como dardos inflamados nos corações, podem causar profundas dores, complexos, traumas, etc... podem destruir um casamento! Como esposas temos que aprender a edificar nossos lares, a sermos prudentes; e, uma das maneiras é sermos contidas nas palavras, é sabermos esperar o momento certo para expormos assuntos que nos preocupam, nos incomodam. Toda conversa deve partir sempre com o objetivo de melhorar o relacionamento, o lar. Nunca apenas como um desabafo, uma acusação.
A bíblia nos conta de uma mulher, Abigail, que tinha muitas razões para discutir e não fez, ao contrário, foi sábia e soube esperar o momento certo. A história de Abigail está em I Sm. 25; o seu marido, Nabal, era duro e maligno em todo o seu trato e também um possível alcóolatra. Ele não atendeu as necessidades do futuro rei de Israel, Davi, e este jurou mata-lo e bem assim todos os homens de sua fazenda. Abigail, apressadamente, ajuntou muitas provisões e foi ao encontro de Davi pedindo-lhe perdão e assim livrou a todos de um massacre. Ao retornar, encontrou Nabal “ fazendo um banquete de rei; o seu coração estava alegre, e ele, já muito embriagado, pelo que não lhe referiu ela coisa alguma, nem pouco e nem muito, até o amanhecer” (v.36) Ela esperou a bebedeira passar e depois lhe relatou tudo! Que sabedoria dessa mulher! Quantas vezes, por muito menos, muitas mulheres esbravejam, exigem, falam como matracas, respondem, teimam, colocam os pais contra os próprios filhos exagerando nos comentários...os maridos já exauridos pela labuta diária ainda tem que enfrentar em casa uma torrente de palavras! Ou, então, num outro momento eles já estão preocupados ou nervosos e querem discutir assuntos que podem esperar. Em pv. 25.24 está escrito: “ Melhor é morar no canto do telhado do que junto com a mulher rixosa” e em Pv. 27.15 está escrito: “O gotejar contínuo no dia de grande chuva e a mulher rixosa são semelhantes”
Como esposas precisamos lembrar dessas Palavras do Senhor e aplicá-las em nossas vidas, fazendo delas um alicerce em nosso lar! Lembre-se sempre: “ ...o que modera os lábios é prudente.”
Pra. Aux. Elizabete Cristina Nunes Empke – Indaiatuba – SP – Missão Evangélica O Pão da Vida
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